Mais de 150 pesquisadores e especialistas da Colômbia, Bolívia, Peru e dos estados brasileiros que compõem a região amazônica participam, a partir desta terça-feira (28) no auditório do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), do I Seminário Internacional de Uso Sustentável e Tecnologias Alimentares para a Piscicultura Familiar na Amazônia (Sustenta), em Manaus.
O evento, que conta com a Universidade Nilton Lins entre os organizadores, visa promover discussões e apresentar projetos e ações voltadas para o desenvolvimento sustentável da piscicultura na Amazônia por meio da inovação.
O Sustenta se estende até o dia 30 de maio, e de acordo com o professor Jesaías Ismael da Costa, do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura da Nilton Lins e presidente do comitê científico do encontro, serão abordados temas cruciais para o setor, com destaque para os desafios enfrentados pelas famílias que dependem da produção e comercialização de peixes, como o tambaqui e a matrinxã, como fonte essencial de renda.
Segundo Costa, cerca de duas mil famílias no Amazonas estão envolvidas na atividade, porém há uma defasagem de 50% entre o que é produzido e o que é consumido anualmente no Estado.
“Um dos principais entraves para o crescimento sustentável da piscicultura na região são os custos elevados da ração, tema central de pesquisas nos laboratórios da Universidade e que será amplamente debatido durante o seminário”, acrescentou.
SUSTENTABILIDADE
Além do Inpa e da Nilton Lins, o I Sustenta é organizado pelo Instituto Federal do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas e Secretaria de Estado de Produção Rural, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Com uma programação diversificada e mais de 30 atividades, o evento também será palco para o lançamento oficial da Rede Peixe Caboclo, de pesquisa e extensão tecnológica para encontrar soluções para produzir rações formuladas com ingredientes amazônicos, de forma artesanal e comercial, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região e promovendo práticas sustentáveis que preservem os recursos naturais e beneficiem as comunidades locais.
FOTO: Agência Brasil
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